Mulheres que gostariam de experimentar o parto
normal hoje se queixam
que o tipo de parto é definido pelo bolso e não
pelas suas condições de saúde
Foto: internet- NE10
|
Hoje de manhã abre o site
do NE10 e me deparei com uma matéria no mínimo controversa, o título: ANS
julgará taxa para médico acompanhar parto normal, mas confesso que o título
só fez sentido no final da leitura, por esse motivo decide compartilhar com
vocês.
Na matéria a “taxa extra”
cobrada por alguns obstetras para acompanhamento de gestantes que desejam o
parto normal, e que até pouco tempo era uma prática realizada na informalidade,
ganhou espaço e está sendo discutida a sua legitimidade, inclusive para a
Agência Nacional de Saúde.
O tema é polêmico, pois a
taxa é considerada pelos médicos como um direito legítimo, tendo em vista as
consultas que têm que desmarcar e o tempo que “perdem” esperando horas por um
parto apenas. Já as pacientes consideram um abuso, principalmente, as gestantes
que tem plano de saúde e arcam com uma despesa mensal, que em tese deveria
cobrir todos os custos.
Segundo a matéria, o
Colegiado do Conselho federal de Medicina (CFM) diz que a cobrança não fere a
ética da relação médico paciente e pode “ajudar” o País a reduzir o número de
cesarianas. Será?
A chefe de cozinha Bruna
Trieto, mãe de dois filhos nascidos através de parto normal, contou que
preferiu não correr riscos e relatou. "Procurei um profissional de
confiança. A impressão que tenho é de que muitos médicos até dizem que fazem o
parto normal, mas quando chega a hora arrumam qualquer desculpa para logo
indicar a cesárea."
Concordo que o profissional
de saúde, independentemente da sua especialidade deve ser bem remunerado, e que
o tempo é precioso para trabalhadores autônomos, mas é preciso regras mais
firmes e fiscalização ostensiva para os planos de saúde, para que não haja defasagem
nessa remuneração, e nem prejuízo para os usuários desses planos. A sensação
que tenho, e que, atualmente, a relação médico e paciente está definida pelo
bolso, pois quem tem meios de pagar terá um atendimento diferenciado.
Num país com um Sistema Único
de Saúde, que é ÚNICO na acepção da palavra, com uma distribuição de renda tão
desigual e com um número tão elevado de usuários de “assistência suplementar”
(codinome para Planos de Saúde), acredito que “taxas extras” não vão ajudar a diminuir
o número de cesarianas. Esse assunto deve ser bem discutido, não apenas julgado
pela ANS e imposto aos usuários, não fazemos parte de uma época medieval,
aparentemente estamos em uma democracia.
Ah, e a respeito do título acho que deveria ser ANS julgará normal taxa para médico acompanhar parto. Concordam?
Ah, e a respeito do título acho que deveria ser ANS julgará normal taxa para médico acompanhar parto. Concordam?
Fonte de pesquisa: NE10
Nenhum comentário:
Postar um comentário