Por
Renilson Oliveira
Voltei,
Recife
Foi a UNESCO
Que me trouxe pelo braço
Quero ver para sempre "Vassoura”
Na rádio tocando
Ao invés de umas e outras
E cair no passo...
Foi a UNESCO
Que me trouxe pelo braço
Quero ver para sempre "Vassoura”
Na rádio tocando
Ao invés de umas e outras
E cair no passo...
Foto: Carlos Oliveira /
Prefeitura do Recife
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O frevo recebeu o título de Patrimônio Imaterial da
Humanidade, da UNESCO, no dia 4 de dezembro, em Paris, durante a cerimônia
organizada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura.
A escolha do ritmo, que teve a
inscrição feita pelo Ministério da Cultura (MinC) e Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional (Iphan), para receber o título aconteceu na 7ª
Sessão do Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural
Imaterial, na sede da UNESCO.
Muitos pernambucanos comemoraram a conquista após o
anúncio da imprensa LOCAL, mas como bons brasileiros que são esquecem que o
frevo já tem o título de Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro desde 2007,
ano do seu centenário, quando também foi inscrito pelo Iphan no Livro de
Registro das Formas de Expressão. Portanto, não é novidade o valor do ritmo
para a representatividade da cultura da Região Nordeste, o que falta é tocar
nas rádios e ser valorizado internamente – falta autoestima elevada.
Cito desabafo do cantor Alceu Valença para justificar
minha afirmativa:
"Eu
acho por um lado maravilhoso, o meu frevo merece. Por outro lado, é um absurdo
que uma música que é considerada Patrimônio da Humanidade não toque nas rádios
de sua terra. Eu não consigo entender por que isso acontece, a gente só toca
frevo no carnaval. Antigamente, começava em janeiro. Agora, só durante o
carnaval mesmo. Espero que o frevo seja tocado pelo menos em janeiro, aí vamos
ver o crescimento, afinal, não adianta gravar se não tem onde tocar".
Outro defensor do ritmo é o
radialista Ednaldo Santos, apresentador do programa Rádio Cidadão, da Rádio
Jornal.
"É
muito triste você ver públicos de outro estado e até de outros países lotando
teatros para ver o frevo e aqui, em Pernambuco, o ritmo sendo descartado",
ressalta.
Em relação ao novo título
concedido pela UNESCO, o radialista espera que as autoridades despertem para a
importância do frevo.
"Lamento
muito, por exemplo, o fato da atual gestão da prefeitura do Recife ter
esquecido o Festival do Frevo, evento que está previsto em lei",
sinalizou.
O mais interessante é que
isso não ocorre só no frevo, existe no cenário musical (cultural) do Estado,
artistas que precisaram fazer sucesso lá fora, ganhar reconhecimento nacional e
internacional, para ter o respeito e a deferência do público pernambucano –
para ilustrar cito Lenine.
Reconheça sua identidade
cultural, e não precisa “achar feio o que não é espelho”.
Fonte de pesquisa: Ne10,
Diário de Pernambuco e G1 Pernambuco.
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