terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Estão loteando o Recife?


Foto: PCR/Divulgação 














“PPP da Compesa”, “PPP dos edifícios-garagem no Recife: rumos e objetivos” , “PPP’s” à parte Recife está parecendo uma grande área loteada. Durante a eleição para prefeito ouvimos falar muito disso e pouco se esclareceu.

A Parceria Público-Privada (PPP) do saneamento é um tema bem complicado e envolve um contrato bilionário. O projeto debatido há anos virou polêmica na campanha municipal 2012 e sua complexidade vai além de R$ 5 ou R$ 10 a mais na sua conta mensal de esgoto.

É preciso explicar que não há privatização propriamente dita. O consórcio ou empresa vencedora assume o serviço de esgoto por 35 anos: sua operação, manutenção e conservação, além dos investimentos em 15 cidades (Grande Recife e Goiana). A meta seria ampliar a rede saneada dos atuais 28% para 90% e no final do contrato, tudo voltaria para as mãos do Estado.

No caso da PPP dos edifícios-garagem no Recife: rumos e objetivos, a cidade deve ter 17 edifícios-garagem com 14.600 vagas de estacionamento, nove deles localizados no centro e no Bairro do Recife. O projeto foi apresentado esta manhã durante audiência pública que aconteceu na Câmara de Vereadores, por representantes da empresa carioca Synthesis Empreendimentos Ltda, que elaborou o projeto e foi escolhida para orientar a futura licitação dos edifícios-garagem.

O Instituto da Cidade Pelópidas Silveira (IPS), criador do projeto, informa que a ideia é estimular a intermodalidade, para que o motorista opte por deixar o carro estacionado nos edifícios-garagem e continue seu trajeto em outros modais.

A vereadora Priscila Krause (DEM) sugeriu a reunião após a Prefeitura do Recife acelerar o processo de concessão para a construção e manutenção de edifícios-garagem no município, contrato que terá duração de 35 anos e envolverá investimentos de mais de R$ 500 milhões.

Diante do exposto fica o questionamento: o poder público está arrendando suas obrigações a fim de buscar novas formas de financiamento e melhorar os serviços prestados à população, ou por ingerência dos recursos e desequilíbrio das contas públicas?

Precisamos reestruturar a celebre frase: “os fins justificam os meios”, para “não fiscalizar os meios pode significar o fim”.

Fonte de pesquisa: Diário de Pernambuco e NE10.

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